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Aprenda a fazer o seu orçamento familiar em três passos

Aprenda a fazer o seu orçamento familiar em três passos

O orçamento familiar é uma excelente ferramenta para organizar as suas finanças. Saiba como fazer o seu.

Por Mai. 28. 2019

Planear um orçamento familiar é a regra número um para que consiga ter umas finanças equilibradas. “É através desta ferramenta que podemos avaliar de onde vem e para onde vai o nosso dinheiro”, diz-nos Bárbara Barroso, especialista em finanças pessoais.

Além de funcionar como um excelente revisor dos seus gastos, o orçamento familiar permite-nos “compreender se temos capacidade para aumentar a poupança e que categorias consomem mais o nosso dinheiro”, explica, Bárbara Barroso à Saber Viver.

Quem não tem um orçamento definido, pode estar a deixar que o dinheiro lhe escape em pequenos gastos que são desvalorizados no dia-a-dia. “Quando falamos em despesas, acabamos sempre por, inconscientemente, fazer estimativas por baixo”, diz-nos Bárbara Barroso.

Como fazer um orçamento familiar?

Independentemente da forma que tenha escolhido para fazer o seu orçamento – folha de cálculo do Excel, caderno ou aplicações móveis –, deverá prestar atenção aos seguintes passos:

1. Registar todas as despesas

Afinal, para onde vai o seu dinheiro? Reúna a família para que façam o orçamento em conjunto. Se tiver filhos pequenos, não os deixe de fora. É importante que façam parte deste planeamento, para que ganhem consciência de temas relacionados com o dinheiro.

O primeiro passo é fazer um levantamento de todas as despesas, desde “a prestação da casa ao café”, afirma Bárbara Barroso.

Para facilitar o processo, pode dividir a sua lista de despesas em duas categorias. Uma com as despesas fixas e outra com as variáveis. Este exercício vai ajudá-la a perceber o valor das despesas que não são consideradas essenciais e, desta forma, ficará a saber onde poderá reduzir os seus gastos.

Neste passo, também, é importante que registe as suas fontes de rendimento.

Dica: Relativamente às despesas anuais que não tem como fugir, como por exemplo, o IMI, “deve procurar dividir o valor por mês e ir colocando esse dinheiro de parte. Assim quando chegar a altura de pagamento dessa despesa, já tem o valor assegurado para a mesma”, explica, Bárbara Barroso, também fundadora do laboratório de literacia financeira MoneyLab.

 2. Organizar por categorias

Depois de ter a sua lista de despesas, “deve organizar por categorias de modo a conseguir identificar quanto gasta em cada uma”, diz-nos Bárbara Barroso.

Neste passo, também poderá definir objetivos de poupança, a curto ou a longo prazo, para cada uma das categorias.

3. Definir limites para cada categoria

Os passos anteriores não são propriamente um orçamento. Tratam-se antes de “um mapa de fluxos de caixa, onde apenas estão registadas as entradas e saídas de dinheiro”, diz-nos a especialista. Só quando definimos montantes para cada uma das categorias é que estamos a tornar este mapa num orçamento familiar.

“Depois do primeiro mês de avaliação, podemos estipular para os meses seguintes quanto temos para gastar em cada categoria”, explica.

Quais são os aspetos mais importantes a ter em conta?

Em primeiro lugar, devemos controlar o dinheiro que é levantado e que, muitas vezes, não é contabilizado.

“Levantamos, por exemplo, 20€ e, ao final do dia, já mal temos dinheiro e nem nos lembramos onde foi gasto. Este dinheiro também tem de ser contabilizado nas categorias correspondentes”, diz-nos Bárbara Barroso.

Também devemos ter especial atenção ao número de contas, como por exemplo, a conta-poupança que deve estar inserida na categoria correspondente.

“Para os casais que têm contas conjuntas, o desafio é contabilizar as despesas de todos”, afirma Bárbara Barroso.


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