Recusa-se a ver o seu saldo bancário depois de levantar dinheiro ou de uma saída à noite? Não consegue falar sobre finanças, hipotecas ou empréstimos em almoços de amigas? Então é provável que sofra com crometofobia.
Geralmente, as fobias manifestam-se de várias formas, como o receio, a ansiedade e o pânico, e a crometofobia não é diferente.
No entanto, neste caso envolve o medo de gastar dinheiro, de pensar no mesmo ou sobre os hábitos de consumo, de verificar contas bancárias e até abrir documentos relacionados com finanças.
Sabia que a crometofobia pode afetar maioritariamente mulheres? Explicamos-lhe porquê.
A crometofobia e os papéis de género
De acordo com Pete Ridley, especialista financeiro do site Car Finance Saver, à Glamour UK, “estudos demonstraram que as mulheres têm geralmente níveis de literacia financeira mais baixos que os homens” provavelmente devido aos papéis tradicionais de género, que condicionaram as mesmas no que toca à gestão de dinheiro.
Como consequência, as mulheres acabam por evitar tarefas financeiras e sentir ansiedade em relação ao dinheiro.
O especialista afirma ainda que outra possível razão para este fenómeno é a diferença salarial, visto que esta “também pode contribuir para a crometofobia, uma vez que as mulheres podem sentir mais pressão financeira e evitam confrontar as suas finanças devido à preocupação de não terem dinheiro suficiente ou de enfrentarem instabilidade financeira”.
Formas de enfrentar esta fobia
Se sente que sofre com crometofobia, saiba que não está sozinha e que há formas de a contornar. Estes são os nossos conselhos:
1. Educação financeira – participar em workshops e aulas sobre literacia financeira e ler livros de finanças pessoais é o primeiro passo para ganhar confiança na sua capacidade de gerir dinheiro;
2. Dialogar – se conversar sobre dinheiro com parceiros, amigos e familiares pode, aos poucos, reduzir a ansiedade em torno do assunto e até conseguir conselhos;
3. Objetivos financeiros – ao estabelecer objetivos reais e criar um plano para os atingir consegue ganhar controlo das suas finanças;
4. Ajuda profissional – se sente que não consegue lidar sozinha com a crometofobia, o melhor é contactar um consultor financeiro ou terapeuta especializado em ansiedade financeira;
5. Compaixão – por fim, não seja exigente consigo mesma e lembre-se que aprender algo leva tempo, o que importa é ser consistente.