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Os erros financeiros que anda a cometer podem estar nesta lista (e as soluções também)

Os erros financeiros que anda a cometer podem estar nesta lista (e as soluções também)

São várias as pessoas que cometem os mesmos erros financeiros, vezes sem conta, sem que se apercebam. A má gestão (ou a falta dela) e a compra por impulso são alguns dos exemplos. Se encaixa no perfil, continue a ler. E não se preocupe, porque há soluções à vista.

Por Jun. 25. 2019

Existem erros financeiros que nos fazem perceber, logo à partida, que deveríamos ter tomado outras atitudes em relação à nossa gestão do dinheiro. Por exemplo, no caso do crédito automóvel, não comparar as diferentes taxas de juro pode sair-nos caro. E utilizar o cartão de crédito de uma forma indiscriminada é perigoso.

Arrependimentos financeiros existem muitos. Os mais problemáticos são aqueles que não damos conta e que parecem fazer parte do nosso ADN.

Normalmente, estes erros estão relacionados com o nosso comportamento, sendo que alguns deles até têm um caráter emocional. Por essa razão, são mais difíceis de identificar e de alterar.

Como por exemplo, o ato de comprar por impulso ou o hábito de jantar fora todas as semanas. Podem parecer erros simples, mas a longo prazo, podem revelar-se grandes destruidores de orçamentos familiares (aprenda a fazer um orçamento familar em três passos).

De seguida, mostramos-lhe as soluções de Susana Albuquerque, especialista em finanças pessoais, para os principais erros financeiros que identificámos na nossa sondagem sobre a relação das mulheres com o dinheiro. Ora veja.

5 soluções para 5 erros financeiros

1. Não consegue poupar e gasta mais do que recebe

“Dica para conseguir poupar: criar uma poupança automática com base no seu orçamento mensal e definir quanto vai poupar por mês. Ou seja, assim que o seu salário ou rendimento entra na conta bancária, sai por ordem de transferência automatizada para uma conta poupança.

Desta forma, garante que vive abaixo dos seus rendimentos e que poupa, sem ter de fazer esforço para isso, todos os meses.”

2. Tem um perfil consumista (compra por impulso) ou emocional (compra por intuição ou fidelidade, sem pensar nas consequências)

“Para evitar compras por impulso costumo sugerir que coloque um post-it por cima dos seus cartões de débito e de crédito com as seguintes perguntas:

Preciso mesmo disto?

Quantas vezes vou usar?

Tenho espaço para arrumar isto?

Se vou comprar a crédito: quanto me vai custar?

Posso reservar e refletir sobre a compra calmamente?”

3. Não tem um planeamento financeiro

“Não fazer planeamento financeiro significa que temos sempre a sensação e falta de controlo sobre o nosso dinheiro, o que pode até causar ansiedade e stresse financeiro.

Por isso, o meu conselho é o de começar por tomar nota de todas as suas despesas durante uma semana e, com base nesse registo, multiplicar por quatro e, assim, fazer o seu primeiro orçamento mensal.

O orçamento mensal dá-lhe um fotografia exata de onde vem e para onde vai o seu dinheiro, torna consciente as suas escolhas e permite-lhe decidir se quer continuar a fazer essas escolhas, se lhe trazem felicidade financeira, ou precisa de optar por outras que a sirvam melhor.”

4. Tem dificuldade em pedir um aumento

Negociar um aumento requer ter consciência do seu valor próprio, não só das suas qualidades e forças pessoais, mas também das suas competências e experiência profissional.

Por isso, faça uma lista de todas estas competências. A seguir, enumere todos os objetivos que atingiu e o valor que aporta à empresa. E com esta base objetiva, peça para renegociar o seu aumento.”

5. Não faz qualquer tipo de investimento financeiro

“As mulheres são normalmente mais avessas ao risco do que os homens, por um lado. E, por outro lado, os investimentos com menor risco financeiro (depósitos a prazo) não são neste momento atrativos (se está a pensar em começar a investir em ativos financeiros, veja estes 5 conselhos).

Mas, vale a pena pensar em primeiro lugar no seu plano de poupança para a reforma, que ainda tem algumas vantagens fiscais e em investimentos não bancários.

Como por exemplo, uma habitação para arrendar (em curta ou longa duração), o seu próprio negócio que pode ser uma fonte complementar de rendimento, ou o negócio de alguém em cujo projeto acredita.

Mas, o que é mesmo essencial é que rentabilize as suas poupanças de maneira a aumentar o seu rendimento. Sem se esquecer das regras de ouro de que nunca deverá investir mais do que 10% das suas poupanças em produtos com risco de perda de capital.”


Pronta para começar a corrigir os seus erros financeiros? Fique a conhecer 6 livros sobre finanças pessoais que deveria ler. 

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