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Como escolher fundos de investimento? Invista tal como faz compras

Há cada vez mais fundos de investimento disponíveis. Como eleger? Comece pelos mais económicos.

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Fundos de investimentos
Escrito por
Jun. 05, 2019

Não há dúvida de que os fundos de investimento são a solução certa para muitos investidores. Regra geral, são baratos, acessíveis e fáceis de compreender.

O grande problema é saber escolher: há agora mais de 12 mil produtos disponíveis em Portugal, segundo a empresa de pesquisa de investimento independente Morningstar.

Comece pelo princípio

Há fundos para investir em quase tudo: depósitos, obrigações, ações, câmbios, mercadorias, volatilidade. Os gestores podem ser muito especializados: ações dos mercados emergentes ou obrigações em renmimbis chineses, por exemplo.Quem se quer lançar nos fundos de investimento deve começar pelos fundos mais genéricos.

Se procura aplicações de longo prazo, opte por fundos de ações mundiais. Embora sejam muito voláteis, a tendência é para ganharem mais no longo prazo.

Para aplicações de curto e médio prazo, escolha fundos de obrigações, embora deva analisar antecipadamente se há outras soluções de aforro potencialmente mais rentáveis ou seguras.

Não se prenda ao seu banco do dia a dia

Quase todos os bancos disponibilizam fundos de investimento aos seus clientes. Contudo, não feche os seus horizontes. Além dos fundos geridos em Portugal, tem acesso a fundos estrangeiros através de algumas instituições financeiras.

O Banco Best é o que comercializa mais fundos, os clientes do Deutsche Bank são os que mais dinheiro têm em fundos estrangeiros e o Banco BPI é o que mais clientes tem com aplicações em fundos estrangeiros, segundo as estatísticas mais recentes.

Olhe além da rentabilidade

Embora os fundos de ações tecnológicas estejam no topo das rentabilidades do último ano, não há garantias de que voltem a estar dentro de um ano. Então como escolher?

William Sharpe, que lançou o campo de avaliação de fundos há 50 anos, disse que, se os investidores tiverem de analisar apenas um indicador, devem prestar atenção aos custos. “Em condições plausíveis, uma pessoa a poupar para a reforma que escolha investimentos de baixo custo em vez de custos mais elevados poderá ter um nível de vida na aposentação que é 20% superior”, explicou.

Descubra fundos baratos

Graças à abertura do mercado ao exterior, já há fundos muito baratos, como o Fidelity Euro Stoxx 50 A acc EUR, que investe nas maiores companhias da Zona Euro. Custa 0,3% do dinheiro investido por ano. Estes encargos não são sentidos pelos investidores, porque a sociedade gestora subtrai-os progressivamente ao património.

O Banco Carregosa é o único que disponibiliza a versão deste fundo sem distribuição de dividendos, que é o que faz sentido para quem investe a pensar no longo prazo.

Se preferir um fundo de ações mundiais, analise o HSBC GIF Economic Scale Global Equity AC: os custos anuais não deverão ultrapassar 0,95% do património. O Banco Best é o único que o comercializa.

Antes de abrir uma conta para aplicar num fundo, pondere se vale a pena, porque o novo banco pode cobrar outras comissões que anulem as vantagens.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 227, maio de 2019.

Já sabe qual é o fundo de investimento que vai escolher? Saiba também como atingir a independência financeira. 

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