De acordo com um relatório realizado pela Hays, a maioria dos homens portugueses considera que não há diferenças de salário e de oportunidades de carreira entre o género masculino e feminino. Apenas 38% dos inquiridos admitiu existir discrepâncias.
Este número aumenta quando a pergunta é sobre a igualdade de oportunidades na carreira. Neste caso, 70% dos homens considera que as mulheres têm as mesmas oportunidades de carreira que o sexo masculino.
Outro inquérito, realizado nos Estados Unidos da América, também revelou que 47% dos homens inquiridos afirma que a desigualdade salarial entre os géneros já desapareceu.
A maior parte dos descrentes acredita que a diferença salarial “é feita para servir um propósito político“. Sendo que 21% dos inquiridos acha que a maioria das notícias sobre a desigualdade salarial são falsas.
Apesar de os homens considerarem que a desigualdade salarial entre géneros não existe, outros estudos mostram que a realidade é outra. De acordo com dados do Eurostat, de 2016, por cada euro pago a um homem em Portugal, uma mulher recebia 82,5 cêntimos. Daí a importância de haver homens feministas.
Mas nem tudo é mau. O relatório da Hays veio também mostrar que a abertura para o debate sobre a desigualdade salarial tem vindo a mudar mentalidades.
“Em 2016, 80% dos homens inquiridos respondeu que existia igualdade salarial. Em 2017, estes dados sofrem uma queda de 28 pontos percentuais e apenas 52% considera existir igualdade salarial entre géneros”, lê-se no relatório.
Este estudo levanta uma questão pertinente: será que “a abertura deste debate ao público fez com que os indivíduos passassem a estar a par deste problema? Ou será que há um aumento do problema em si?”, lê-se no relatório da Hays.
Por enquanto, o que se sabe é que as previsões para Portugal não são muito positivas. De acordo com estudos europeus, Portugal tem uma das maiores taxas de desigualdade salarial, entre homens e mulheres, do mundo.
Fontes: Relatório – Igualdade de Género no Mundo do Trabalho; Estudo Global Wage Report; Inquérito SurveyMonkey
Saiba, ainda, o que tem de mudar para alcançarmos a igualdade de género.