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Transferência de crédito à habitação. Vale a pena agora?

Se nunca reviu o seu empréstimo da casa, é possível que consiga cortar drasticamente a sua prestação mensal.

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Transferência de crédito à habitação. Vale a pena agora? Transferência de crédito à habitação. Vale a pena agora?
© Getty Images
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Set. 02, 2019

Mesmo que a sua casa seja para a vida, o crédito à habitação não tem de o ser. Graças à descida dos spreads – a margem de lucro dos bancos sobre as taxas de referência –, é possível reduzir substancialmente a despesa mensal. E é possível fazer tudo com pouco esforço e ajuda profissional gratuita.

O que ter em conta na transferência de crédtio à habituação

Spreads a partir de 1%

O princípio é muito simples: se contratou o seu crédito à habitação há menos de uma década e nunca reviu as condições, é provável que consiga agora um spread mais baixo.

Os empréstimos à habitação feitos em 2012, por exemplo, registaram um spread médio próximo de 3%. Atualmente, o spread mais baixo do mercado é de 1%, oferecido pelo Bankinter a alguns clientes. Uma redução de um spread de 3% para 1% representa uma poupança mensal de quase 100 euros por cada 100 mil euros financiados a 30 anos. Ao fim de três décadas, a poupança ultrapassa 35 mil euros.

No final de agosto de 2019, as instituições que previam os spreads mais baixos nos seus preçários eram, além do Bankinter, o Banco CTT, o Crédito Agrícola, o Montepio e o Santander Totta.

Tenha atenção aos custos

O ideal é negociar com o seu banco a redução do spread. Se não for possível, procure junto dos concorrentes. A mudança para outro banco é mais simples do que a contratação inicial do crédito à habitação.

A transferência do empréstimo envolve custos, em especial a comissão de reembolso antecipado, cobrada pelo banco que irá abandonar. Se o crédito for de taxa variável, esta comissão não pode ultrapassar 0,5% do montante em dívida. Noutros casos, em particular os empréstimos a taxa fixa, a comissão não pode ultrapassar 2% do capital reembolsado.

É possível que tenha outros encargos – como a comissão de abertura de crédito, os custos de avaliação, os registos e escrituras e emolumentos notariais –, mas alguns bancos suportam uma parte ou a totalidade das despesas de transferência. Negoceie.

Fale com um profissional – gratuitamente

Não tem de fazer a mudança de banco sozinha. Há dezenas de intermediários de crédito disponíveis para a ajudar na busca do banco mais económico para o seu crédito à habitação.

É possível que não tenha de pagar pelo serviço. O modelo é simples:

1. Fornece todos os documentos necessários ao intermediário;
2. O intermediário contacta as instituições com quem tem protocolos;
3. As instituições indicam ao intermediário de crédito a sua melhor proposta para o seu caso;
4. O intermediário contacta-a com a melhor solução;
5. Se aceitar a proposta e avançar com a transferência, o banco paga uma comissão ao intermediário.

Opte pelos intermediários de crédito que apresentam o seu empréstimo ao maior número de bancos. O Doutor Finanças, a Reorganiza Com Sentido e O Senhor do Banco, por exemplo, têm ligações a mais de uma dezena de instituições financeiras.


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