Moda

9 factos que talvez não saiba sobre a maior marca portuguesa de acessórios

É seguro dizer que a maioria das mulheres portuguesas usa, ou já tenha usado pelo menos uma vez na vida, uma peça da Parfois. Mas será que conhecemos realmente bem esta marca?

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Carolina de Almeida
Escrito por
Nov. 22, 2018

Há alguns dias falei num jantar de família que tinha planeada uma viagem a Madrid para um evento da Parfois. Ao pronunciar o nome, imediatamente questionaram “a marca é francesa, não é”?

O episódio já se tinha repetido antes, entre amigas. Na verdade, ainda existem muitas portuguesas que desconhecem que se trata de uma insígnia nacional. Numa pequena (e informal) sondagem feita no Instagram da Saber Viver, cerca de 18% das leitoras responderam não saber que a Parfois é portuguesa.

Faz parte dos restantes 80% que conhece bem a génese da Parfois? Se sim, desafio-a a fazer o teste e perceber quão bem conhece a sua história. De uma forma ou de outra, instale-se e descubra tudo sobre a maior marca de acessórios portuguesa.

1. É uma marca portuguesa, criada por uma mulher, aos 42 anos.

Foi em 1994 que Manuela Medeiros fundou aquela que viria a ser uma das marcas portuguesas de acessórios de moda mais conhecida. Tinha 42 anos e iniciou um pequeno império neste universo tão competitivo. O seu desejo? Democratizar o acesso à moda a todas as mulheres.

“Há 25 anos atrás não era tão fácil viajar como é hoje, e a Manuela já na altura viajava para Paris e Londres e achava injusto que só as mulheres que viajavam é que poderiam ter acesso a moda”, conta à Saber Viver Susana Coerver, diretora de marketing da Parfois.

 2. Todos os produtos são idealizados por uma equipa de designers própria.

A grande aposta da fundadora foi o design próprio e novidades nas lojas todas as semanas. Para isso, hoje conta com uma equipa de 40 designers, responsável por criar todos os produtos que estão à venda, desde carteiras, porta-moedas, sapatos, bijuteria, lenços, chapéus, malas de viagem, cintos e, desde há dois anos, também roupa.

Alguns dos designers da equipa, incluindo Sofia Mendes (à esquerda), Joana Marques (à direita), João Rola (segundo, à direita) e D. Branca (ao fundo) © D.R.

Para a designer Sofia Mendes, há seis anos na marca, muita coisa mudou desde os primórdios. “Em comparação com início da marca, agora temos muito mais tempo para desenhar, para fazer experiências, temos mais material nosso”, conta à Saber Viver, num evento onde se recriou os bastidores da Parfois, em Madrid.

3. Cada estação, coloca à venda nas suas lojas 3.500 referências.

A cada temporada (primavera/verão e outono/inverno), vamos encontrar nas lojas Parfois cerca de 3.500 referências diferentes. Entre cores, padrões, tamanhos, há um mundo por descobrir em cada gama. A mais vasta? A de brincos.

brincos parfois

À esquerda, brincos e colar da coleção outono/inverno. À direita, alguns dos protótipos mostrados do evento da marca em Madrid.

Como explica a designer de bijuteria Joana Marques, a equipa está “sempre à procura de materiais novos, métodos de produção diferentes – compósitos, resinas, pedras”. E acrescenta: “acompanhamos sempre as tendências, a procura é constante”.

4. A inspiração para criar as peças vem de todo o lado e muito da “rua”.

Hoje em dia já não é a passerelle que mais influencia os criativos de moda. A inspiração, na verdade, está por todo o lado. “É comum associar tendências a tudo o que está a acontecer nos desfiles, mas as pessoas não têm noção da quantidade de vezes que falamos de arquitetura. É algo que nos inspira imenso no dia a dia”, explica-nos Susana Coerver.

moodboard inspiração da Parfois

O moodboard da equipa de design, com padrões, desenhos e recortes de inspiração.

E João Rola, designer, confirma a ideia. “As viagens ao shopping são muito importantes. O que vemos cada vez mais é que as tendências estão na rua, no nosso dia a dia. A rua está a influenciar a passerelle, quando antigamente era o contrário. O cenário do desfile, tudo o que está à volta, até o andar das manequins é mais ‘de rua’”.

5. 80% dos trabalhadores são mulheres.

De um total de 3121 funcionários diretos (sem incluir as lojas franchisadas) que a Parfois emprega, a grande maioria são mulheres. Mulheres que dão continuidade à visão da fundadora e que inevitavelmente sentem o efeito do empoderamento feminino dentro da própria marca.

 

susana coerver, diretora de marketing da parfois

 

“É um prazer incrível poder estar numa empresa que serve como mote de inspiração para outras mulheres. A igualdade começa pelas mulheres se trabalharem a elas próprias e se apoiarem. Women for Women” – Susana Coerver, diretora de marketing  

“Começámos a falar disto quando ainda não estava tão na moda este tema [o do empoderamento feminino]. Ainda bem que está na moda, somos as maiores defensoras disso! É um prazer incrível poder estar numa empresa em que isto é verdade e serve como mote de inspiração para outras mulheres”, revela Susana Coerver, que acredita que “a igualdade começa pelas mulheres se trabalharem a elas próprias e se apoiarem mutuamente. Women for women, começa mesmo aí…”

Um dos últimos projetos de responsabilidade social que a Parfois lançou, o Buterfly Effect, tinha como objetivo criar um movimento solidário para apoiar mulheres vítimas de cancro. A adesão “foi incrível” até ao nível interno, explicou-nos Susana. “Desafiámos a equipa interna a fazer retratos profissionais [com um lenço na cabeça, como símbolo de apoio] e em quatro horas tínhamos 400 pessoas inscritas”, conta, ainda impressionada. “Todas as marcas têm de ter os seus propósitos e o nosso são as mulheres”, resume.

6. D. Branca e sr. Rui são dois dos rostos mais castiços dos bastidores da marca.

São os dois costureiros responsáveis pelos protótipos das gamas de carteiras e porta-moedas da Parfois. Depois de idealizadas e desenhadas pelos designers, as peças são concebidas de forma real por D. Branca e o sr. Rui. “Os designers desenham a peça e nós tentamos recriar. Dizemos se funciona ou não, como funcionaria melhor”, revela-nos D. Branca, de sorriso tímido.

oi há nove anos que chegou à Parfois e diz que de lá não quer sair. “É um trabalho em equipa. Aprendo sempre muito com os designers, ‘os meus meninos’, como eu digo”, adianta.

7. Foi há 24 anos atrás que abriram a primeira loja. Onde? No Porto.

A mítica Rua de Santa Catarina recebeu o primeiro espaço da marca. Mas para Manuela Medeiros, era muito mais do que isso. “O início de um sonho que estava longe de imaginar que hoje estaria onde está, em 65 países e a concretizar a ambição de democratizar o acesso à moda a todas as mulheres”, confirma Susana Coerver à Saber Viver.

coleção outono/inverno Parfois

Foi há dois anos que a Parfois alargou a sua área de negócio também ao vestuário. Aqui, em destaque um casaco em xadrez da coleção outono/inverno.

8. Abrem duas lojas por semana e já conta com mais de 900 em todo o mundo

O número está a ficar cada vez mais redondo e a culpa é da ambição. “É um dos valores principais que se vive todos os dias nos corredores desta empresa, em que tudo acontece tão rápido”, confessa-nos a diretora de marketing.

lojas Parfois

Mas há outros números que impressionam. A marca tem loja online, está presente em 65 países, conta com mais de 600 mil seguidores no Instagram e tem tido um crescimento médio do negócio de cerca de 26% ao ano.

9. Espanha é o maior mercado, com 318 pontos de venda (cerca de 60% franshising)

O mais provável é que na próxima semana, este número esteja completamente desatualizado. São três centenas de pontos de venda, espalhados pelo país vizinho.

Espanha é o maior mercado onde a Parfois está presente. Portugal? Vem logo a seguir, na segunda posição, sendo responsável por cerca de 18% das vendas da empresa.

 


 

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