A produção é feita em Lisboa, e mais importante ainda, todas as suas peças são feitas com respeito ao meio ambiente e com materiais reciclados. A Misko acaba de chegar ao mercado com os pés bem assentes na terra, focada em seguir as mais recentes do universo da beachwear e já com planos para o inverno – ainda não revelados.
Cláudia Varela e Luís Mota são os dois responsáveis pela marca portuguesa e apresentam agora a coleção Freedom, a primeira da Misko.
A Saber Viver falou com ambos sobre este lançamento e percebeu quais os detalhes diferenciadores da marca no mercado nacional.
Entrevista a Cláudia Varela e Luís Mota
Como é que surgiu a ideia de criar a Misko? Qual é o vosso background?
A ideia de criar a Misko surgiu durante a pandemia, em 2020, numa conversa sobre empreendedorismo. Existiam já algumas ideias que estavam no papel e decidimos materializa-las.
Ambos gostamos do verão, praia e diversão. Tínhamos uma forte vontade de transmitir isso para outras pessoas e ao mesmo tempo desenvolver algo que nos trouxesse de uma forma geral, liberdade. Esse foi, aliás, o mote para a nossa coleção Freedom.
Aliado a tudo isto, quisemos que a nossa produção tivesse em conta o meio ambiente e as gerações futuras.
O que significa Misko?
Make It Sustainable Keep Oceans.
Como é que descreveriam a vossa marca?
Simples e descontraída, mas ao mesmo tempo elegante e versátil.
Qual é a inspiração para os padrões e tons utilizados?
Procurámos trazer os tons clássicos e que possibilitassem a conjugação com outros looks mais casuais. O nosso modelo Moledo reversível foi desenhado em exclusivo para a Misko, tornando-o uma peça única.
Falem-me da produção dos produtos. Que materiais utilizam e como e onde é feita a produção?
A nossa produção é 100% portuguesa, feita num atelier em Lisboa. O material usado é licra reciclada ECONYL®.
Esta técnica utiliza como matéria-prima redes de pesca, retalhos de tecidos e resíduos de oceanos espalhados por todo o mundo e que são recuperados, passando por um processo radical de regeneração e purificação, fazendo com que os resíduos de nylon voltem à sua pureza original e se transformem em nylon virgem.
O resultado final da fibra, apresenta as mesmas características e desempenho daquela que é feita a partir do petróleo e tem o potencial de ser reutilizada indefinidamente, mantendo a qualidade.
Uma vez que queriam utilizar materiais sustentáveis, enfrentaram algum obstáculo na produção?
A produção em si não é um obstáculo, mas o facto de utilizarmos materiais sustentáveis como matéria-prima, acaba por tornar o preço do produto e todas as componentes mais elevadas.
Além do foco na sustentabilidade, em que é que a Misko se diferencia em relação às outras marcas portuguesas de beachwear?
As peças são manufaturadas. Cada peça é única, com uma elevada qualidade e muito confortável.
A Misko procura aliar um produto a um estilo de vida descontraído. Procuramos versatilidade no uso dos nossos modelos. Podemos trazer elegância na praia, na piscina, nos sunsets, nos jantares de fim de tarde e ao mesmo tempo conscientes do impacto que podemos ter no meio ambiente.
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Têm algum plano para a estação fria? Pensam em ter outro tipo de produtos ou, por agora, mantém-se apenas pelos fatos de banho?
Na verdade, não queremos ficar por aqui. Já estamos a trabalhar em ideias para a estação fria. Muito em breve, iremos trazer algumas novidades.
Há algum modelo desta coleção que destaquem?
O Moledo reversível é, sem dúvida, um dos modelos que mais destacamos. Quer pela leveza do padrão, quer pela versatilidade da própria peça, uma vez que é reversível. A cliente acaba por ter dois biquínis num só.
Onde é que veem a Misko daqui a 10 anos?
Queremos ver a MISKO com uma dimensão que nos permita ter consciência do contributo e impacto para o meio ambiental, acompanhando sempre as tendências.
