Em tempo de festa, materiais nobres como o veludo, a seda, o marrocain e muitas lantejoulas elevam-nos a outro patamar, de grande requinte com um mote único – a celebração da vida. Já as joias, além de serem um objeto de beleza, elegância e sofisticação, são também um símbolo de amor.
Conversámos com Bárbara Corby, Liliana Filipa e Soraia Tavares sobre o seu papel dentro e fora do universo digital e enquanto criadoras de conteúdo, sobre a sua paixão pela moda e sobre as mulheres que as inspiram, entre outros temas.
Não perca a entrevista na Saber Viver de dezembro e o making of desta magnífica produção, abaixo.
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Entrevista: Mulheres que brilham!
Liliana Filipa
Além de criadora de conteúdos digitais, Liliana Filipa é também uma empresária que tem vingado a cada projeto ou lançamento que faz. Ser empresária é algo que sente como inato, mas isso não a deixa abrandar, nem parar de surpreender com a sua marca La Femme. Assume que o alcance que tem nas redes sociais lhe dá a oportunidade de defender causas em que acredita. É por aí que começamos.
Num mundo em que a desigualdade de género é gritante, desenvolver uma marca própria é um ato de coragem?
Sim, exige coragem, visão e determinação. O maior desafio é garantir credibilidade na área dos negócios, sendo jovem, mulher e ter uma apresentação cuidada, algo que ainda parece ser um fator discriminatório.
A resposta é o sucesso da sua marca, a La Femme?
Completamente! A La Femme reflete o meu crescimento pessoal e profissional. Nasceu da minha paixão pelo universo feminino, especialmente nas áreas de moda e beleza, onde sempre quis inspirar e enaltecer o potencial de cada mulher. A evolução da marca abraça a feminilidade de modo inclusivo e empoderador.
Sabemos que não dispensa acessórios. Qual é a importância das joias num look?
Os acessórios são a alma de qualquer look. As joias certas transformam completamente o visual, dando personalidade e sofisticação. Para mim, são indispensáveis.
Bárbara Corby
É uma das criadoras de conteúdos digitais que mais se destaca em Portugal, mas foi uma profissão que descobriu por acaso, enquanto estudava jornalismo. É apaixonada por moda e estudou na Fashion Business, em Paris, uma experiência que lhe aportou valor do ponto de vista profissional e pessoal e, claro, deu-lhe ferramentas para inovar no negócio da sua própria marca.
Ser empresária é a sua vocação?
Definitivamente, não! Acho que empreender é a minha verdadeira vocação. Sou apaixonada por criar, arriscar, explorar novas oportunidades e encontrar soluções criativas. Mas sinto que me falta um conhecimento mais profundo sobre gestão e sustentabilidade dos negócios.
Quais foram os maiores desafios que experienciou até agora?
Gerir pessoas e as suas expectativas é uma das partes mais desafiantes. Por outro lado, um empreendedor também tem de aprender a gerir a frustração, porque nada acontece tão rápido quanto gostaríamos e é necessário ser resiliente para não desistir. Enquanto mulher, pensei que teria mais dificuldades em impor-me num mundo ainda predominantemente masculino, mas até hoje nunca me senti desrespeitada ou descredibilizada.
O que é que uma influencer precisa de ter para ser intemporal e nunca ‘sair de moda’?
Autenticidade e capacidade de adaptação. Acredito que as personagens não duram muito tempo e que quem não souber reinventar-se e adaptar-se às novas plataformas acaba por ficar para trás.
Soraia Tavares
Soraia Tavares é uma espécie de one- woman show. Trabalha em música, cinema, televisão, mas é o teatro que mais a realiza. Também surpreende nas redes sociais e é uma das embaixadoras Pandora Portugal, uma marca que se associa a diferentes causas sociais, algo preponderante para a atriz.
Para uma artista, a relação que tem com a imagem é muito importante. A representação teve algum impacto na forma como olha para o seu corpo?
O corpo é material de trabalho para um ator. Mantê-lo disponível a ser moldado consoante o projeto é uma das coisas que mais gozo nos dá. Não vou mentir e dizer que não sinto nenhuma pressão estética e que não sigo nenhum padrão estético, mas é difícil não o fazer quando trabalhamos com a nossa imagem e estamos expostos a muitas opiniões nas redes sociais.
Tem a preocupação de criar conteúdos/música que inspirem outras mulheres a seguirem os seus sonhos?
Sim, em tudo o que faço. Quero inspirar outras mulheres a seguirem o que querem. Talvez porque de onde vim é ainda mais difícil sonhar.
Que mulheres a inspiram?
Mulheres trabalhadoras, insistentes, bondosas e talentosas. A minha mãe e a minha irmã mais velha. Uma vez perguntei à minha mãe sobre o que queria ser quando era pequena, e ela respondeu “boa mãe”. Ela sempre investiu em nós. A minha irmã emigrou, foi babysitter e hoje tem um ótimo cargo num banco. Também me inspiram artistas com estes mesmos valores: Viola Davis, Carla Galvão, Lúcia Moniz, Beyoncé, Sara Tavares, Gabriela Barros, etc.
Créditos
Produção e styling: Margarida Figueiredo
Direção: Tânia Alexandre
Fotografia: Mário Príncipe
Assistente de fotografia: Halex Marinho
Vídeo: Diogo Azenha da Rocha
Maquilhagem: Alex Origuella
Cabelos: Edgar Venâncio
Agradecimentos ao Hotel The One Palácio da Anunciada e à Pandora