Moda

A moda já é sustentável. Invista nestas peças

Sabe em que marcas é que deve apostar para aderir ao consumo consciente e sustentável? Vamos pensar nas gerações futuras e mudar os nossos hábitos de compra.

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A moda já é sustentável. Invista nestas peças
Margarida Figueiredo
Escrito por
Ago. 21, 2018

Comprar em consciência já não é uma opção, é uma obrigação. Saber o percurso de cada peça de roupa (e produto de beleza) que compramos é a nossa responsabilidade perante o planeta.

São as nossas escolhas que determinam o comportamento futuro das marcas. Conheça aqui as que procuram estratégias que visam a preservação do ambiente.

Pegada ecológica

A NAE é uma marca nacional e sustentável de calçado vegan: utiliza materiais alternativos como a cortiça portuguesa (reutilizável e reciclável), microfibras (com o certificado de garantia em como foram produzidas com o mínimo de energia e água), folha de ananás e PET (garrafas de plástico e pneus reciclados).

Sapatos Vero
Nae Vegan, 88€

Aposta no design e inovação e pretende destacar-se pelo consumo ético, não usa materiais de origem animal. Uma das bandeiras da NAE é o respeito pelos direitos humanos e pelas leis do trabalho.

Nas Filipinas (país de onde são oriundas as plantações de ananás cuja fibra é usada na produção de sapatos), é disponibilizada às comunidades locais uma percentagem do valor pago por cada metro de tecido.


Sustentabilidade no masculino

A Panareha é uma marca nacional  de roupa de homem e também sustentável. A filosofia da Panareha é criar roupa masculina de grande qualidade e resistência de forma consciente.

Camisa de linho Maui
Panareha, 99€

Assim, a coleção composta por polos, T-shirts, bermudas, calções de banho, calçado e acessórios (chapéus, pulseiras e toalhas de praia) é produzida no Norte do País por artesãos dedicados e qualificados. Estes usam apenas materiais de alta qualidade, desde os botões às etiquetas, enquanto que os calções de banho são feitos em poliéster 100% reciclado de garrafas de plástico (PET).


Sapatos vegan

A Ballūta é a palavra arcaica para ‘bolota’, o fruto do sobreiro. Esta marca portuguesa de sapatos vegan (as peles são vegan e os metais não têm níquel) utiliza técnicas tradicionais e materiais ecológicos para promover a sustentabilidade.

A semente do sobreiro da Ballūta foi plantada há vários anos, quando Catarina Pedroso, ainda uma menina, nascida numa família com tradições tauromáquicas, decidiu que um dia iria lutar pelos direitos dos animais que tanto queria defender.

Sandálias Orange
Balluta Shoes, 160€

Ao crescer e tornar-se adulta, tomou a decisão de usar sapatos vegan, mas não se identificava com nada de que encontrava. Assim, pensou em desenhá-los ela própria. Para tal, inspirou-se em mulheres carismáticas e a marca surgiu.

Hoje, os dias de Catarina Pedroso são passados a desenhar sapatos, a procurar novos materiais e a certificar-se de que as pessoas e os animais são respeitados em todo o processo.


Com a tradição na cesta

Cestas d’Aldeia é uma marca portuguesa localizada na aldeia de Castanheira de Alcobaça e que se dedica ao fabrico de cestas de junco, um dos acessórios mais trendy deste verão. As peças são feitas à mão em teares tradicionais por artesãos da terra com mais de 60 anos, na sua maioria reformados que se entregam a esta arte ancestral que passa de pais para filhos.

Cesta de junco
Cesctas d’Aldeia, 45€


O projeto Join Life

A gigante Inditex também tem uma palavra a dizer no que diz respeito à sustentabilidade. A marca Oysho lançou uma linha de fatos de banho e biquínis sob o lema ‘Wear the change’, feita em poliamida reciclada, um material que se obtém através de refugos, como antigas redes de pesca, alcatifas ou retalhos de produção.

Esta coleção sustentável da Oysho aposta numa mistura de tons neutros e vivos que vão da versão mais discreta do look de praia (em branco e preto) às cores mais chamativas, como o laranja, o verde ou o azul.

Mas não só – todas as peças com etiqueta Join Life são feitas com matérias-primas mais sustentáveis, como o algodão orgânico, proveniente de sementes não modificadas geneticamente e cultivadas com fertilizantes naturais, ou o Tencel, uma fibra produzida num circuito fechado que reutiliza 100% da água e que procede da madeira de bosques geridos de forma controlada, garantindo a sua reflorestação.

Camisa de dormir
Oysho, 25,99€

A produção de tecidos reciclados consome menos recursos naturais e gera menos resíduos, reduzindo o impacto ambiental e protegendo assim a biodiversidade.

Mas o projeto Join Life vai mais além: como parte do compromisso social e ambiental, a Oysho possibilita a entrega de roupa usada em contentores de recolha localizados em algumas lojas da marca. Toda a roupa depositada é doada à Caritas, onde é separada e classificada para ter o destino mais adequado – quer seja para projetos sociais ou para a transformação em novas fibras.


Conhecia estas marcas? Já adotou hábitos de consumo sustentáveis? 

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 218, agosto de 2018.

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