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Raquel Strada: “Prefiro ter menos peças, mas de boa qualidade”

Raquel Strada: “Prefiro ter menos peças, mas de boa qualidade”

A atriz, apresentadora e uma das principais influencers da área da moda em Portugal, é também a nova embaixadora da marca italiana Falconeri. Conheça melhor Raquel Strada.

Por Fev. 19. 2022

Tem quase meio milhão de seguidores e o seu estilo não passe despercebido. Raquel Strada é apresentadora e influenciadora, mas há muito mais a defini-la do que apenas o seu trabalho.

A Saber Viver esteve à conversa com ela.

Entrevista a Raquel Strada

A Raquel é multifacetada. Nos seus múltiplos trabalhos, qual a faz sentir- se como peixe na água?

É, sem dúvida, quando estou a conversar, quer seja na rádio ou a apresentar programas de televisão, tudo o que envolva a conversa com o outro. Partilhar experiências, quer sejam as minhas ou as das outras pessoas. Sinto-me mais confiante a comunicar, independentemente da forma. A nível digital, trabalho muito a fotografia e o vídeo, mas é no vídeo que me sinto mais confortável.

Só aceita ser embaixadora de marcas com as quais se identifica?

Claro que sim, nem sequer faz sentido ser de outra forma. Acho que nos distinguimos uns dos outros pela forma como comunicamos e pelas coisas em que acreditamos, sejam elas peças de roupa, comida, viagens, até opções pessoais ou relacionadas com amor… Portanto, acho faz sentido, seja qual for a marca a que nos associemos, que tenha a ver connosco, que gostemos e que usemos no nosso dia a dia. Não trabalho com marcas com as quais não me identifico.

A Raquel é um dos rostos da marca Falconeri em Portugal. Qual é a sua peça preferida da nova coleção?

Eu gosto muito de conjuntos de calças e camisola igual. Tenho um conjunto branco que adoro e que gosto muito de ver com botas rasas, com um casaco por cima.

O que funciona para uma mulher, não vai funcionar para a outra e isso também é a beleza da vida; somos todos diferentes – Raquel Strada, influenciadora

Quais são, para si, as peças que todas as mulheres deveriam ter no armário?

Sem dúvida, uma camisola de caxemira de uma cor neutra (a Falconeri tem ótimas opções), para combinar com tudo. Uns jeans, uma camisa branca, sapatos de salto alto (pretos) e uns rasos. Acredito nas peças intemporais porque nos vão acompanhar ao longo da vida e viver uma história connosco.

A atriz Shirley MacLaine disse numa entrevista que um dos seus luxos era só usar camisolas de caxemira. É da mesma opinião?

Sou! Usar caxemira é um luxo. Além de ser um dos materiais mais requintados do mundo, é muito confortável. Eu prefiro ter menos peças, mas de boa qualidade. Até porque acredito numa economia circular, em que as peças passam de geração em geração. Acredito que devemos ter menos e de melhor qualidade. A caxemira tem essa mais-valia.

Qual ­é o seu conselho de estilo para as mulheres portuguesas?

Acima de tudo, serem elas próprias e conhecerem o seu corpo. A partir daqui é mais fácil sabermos o que nos fica bem. Eu também não me sentia confortável com determinadas partes do meu corpo; aprendi a valorizá-las ou a disfarçá-las.

A ideia é experimentar vários estilos de roupa, olharmo-nos ao espelho e percebermos com o que é que nos identificamos. A partir do momento em que descobrimos um género ou um estilo com que nos sentimos confortáveis, é mais fácil começarmos a brincar com acessórios e cores. O que funciona para uma mulher, não vai funcionar para a outra e isso também é a beleza da vida; somos todos diferentes.

Qual é­ a peç­a que nunca compraria?

Crocs! Por mais confortáveis que sejam, recuso-me a usar. Tem muito pouco a ver comigo.

Se tivesse de escolher viver noutra cidade, qual seria? Porquê­?

Bem, eu vivo entre Lisboa e Porto – tenho sorte de viver entre duas cidades. Gosto muito de Portugal, e se tivesse de viver noutra cidade que não fosse no nosso País, seria Londres ou Paris, sem dúvida. Londres, porque adoro a cultura inglesa, adoro o sentido de humor, adoro, acima de tudo, o facto de, em relação à moda, não existirem barreiras nem limitações. As pessoas podem realmente vestir-se como gostam e querem. Na primeira vez que fui a Londres, devia ter uns 14 anos, vi uma pessoa toda vestida de verde-alface no metro e ninguém estava a olhar para ela e achei isso muito bonito.

Paris é diferente, mais blasé e mais chique. Aqui vem a camisa branca, jeans e sapatos pretos, tem a ver comigo. Adoro a cultura e acho que Paris tem uma beleza inacreditável.

Qual ­ o seu restaurante preferido em Portugal? E no mundo?

A nossa comida é maravilhosa. Há tantos restaurantes bons, principalmente aqui em Lisboa e no Porto. Adoro o JNcQUOI Avenida, adoro o Bistro 100 Maneiras, o Yakuza. No Porto, o Toupeirinho, o Rogério do Redondo, o Valentim, a Marisqueira Antiga… Eu gosto de comida tradicional portuguesa, mas há tantas coisas boas para experimentar que tenho dificuldade em escolher só uma. No mundo, é difícil, já tive a sorte de ir a restaurantes mesmo muito bons.

Acho que os meus restaurantes favoritos são, sem dúvida, em Itália, porque adoro massa. Mas o Aurora, em Capri, tem das melhores massas que já comi.

Qual ­ o seu estilo de m­úsica e o que tem estado a ouvir ultimamente?

Eu tenho um estilo bastante eclético, tanto oiço música clássica, como pop, techno ou jazz. Ultimamente, o que tenho no meu Spotify é Jungle, deixa-me sempre bem-disposta. Talvez alguma música brasileira, gosto de Silva, também de Billie Eilish, Rosalía, adoro música espanhola. Depende do estado de espírito com que estou nesse dia.

A versão original deste artigo foi publicada na revista Saber Viver nº 259, janeiro de 2022.
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