A preocupação ambiental é um tema atual e que anda nas bocas do mundo. Em todas as indústrias, os métodos de produção, a escolha dos materiais e a forma de pensar o negócio têm sido alterados com vista a proteger o planeta Terra.
É certo que o plástico é a mais recente vítima do escrutínio público, mas não está sozinho. Também o desperdício da indústria têxtil tem sido um tema de discussão constante dentro e fora das redes sociais, assim como a exploração de mão de obra barata e a utilização e recursos tóxicos que danificam os oceanos.
Há vozes que mostram que há uma luz no fundo do túnel. Por exemplo, a de Greta Thunberg, ativista sueca que tem vindo a incentivar os jovens em todo o mundo a manifestar-se contra as alterações climáticas. Ou a de Stella McCartney, que juntamente com as Nações Unidas levou 43 grandes grupos de moda a assinar o acordo Sustainable Fashion Industry for Climate, um manifesto que visa reduzir o impacto ambiental da indústria têxtil.
E no universo da moda, essas pequenas mudanças já se fazem sentir, uma vez que há cada vez mais marcas a assumir um compromisso ambiental, que se quer mais rápido e eficaz.
Isto porque, de acordo com os mais recentes dados da Copenhagen Fashion Summit 2019, um evento inteiramente dedicado à sustentabilidade na moda, “o ritmo do progresso sustentável na indústria de moda desacelerou um terço no último ano e, por isso, não está a acontecer rápido o suficiente para contrabalançar o impacto nocivo do crescimento rápido da indústria”, lê-se no comunicado.
“Estas últimas descobertas enfatizam a necessidade extrema de toda a indústria se juntar à corrida e acelerar o processo de mudança agora”, reforça Morten Lehmann, diretor de sustentabilidade da Global Fashion Agenda.
Com linhas como a Committed da Mango ou a Conscious da H&M a revolucionarem a forma como olhamos para o fast fashion, e a ganharem cada vez mais protagonismo quer pela qualidade quer pelo design inovador, a Zara não quis perder a boleia na carrinha elétrica da sustentabilidade.
O novo desafio sustentável
O objetivo foi traçado: até 2025, o grupo Inditex pretende que 80% da energia na sede e escritórios da Zara, fábricas e lojas em todo o mundo, seja de fontes renováveis. E que as instalações deixem de produzir resíduos que são hoje despejados no aterro sanitário. Já em 2023, o grupo espanhol comprometeu-se a usar apenas viscose 100% sustentável nas suas peças de roupa.
“Precisamos de ser uma força de mudança, não só dentro da empresa como para o setor têxtil”, declarou Pablo Isla, diretor executivo da Inditex, em entrevista ao The Guardian.
Dito isto, o grupo revelou ainda que, para além da Zara (responsável por 70% do lucro da Inditex), também a Massimo Dutti, a Zara Home e a Pull&Bear serão alvo de reformulações sustentáveis.
Fontes: The Guardian; Business of Fashion; Copenhagenfashionsummit.com; WWD.
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